Grande cartunista argentino, pai de Mafalda e de tantas outras charges que durante várias décadas vem encantando o mundo. Sua marca distintiva é o humor reflexivo, inteligente e sempre atual. |
Orbis Pictus
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Quino
quinta-feira, 31 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Borba Gata
(foto:naoserestrinja.blogspot.com)
Esse é um trabalho do quadrinista brasileiro Luiz Gê. O que comentar sobre uma história em quadrinhos tridimencional numa boneca de manequim de loja?
Essa boneca deve está muito feliz. Saiu até na Play boy.
Excelente trabalho.
quarta-feira, 23 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
FERIDAS COLORIDAS
I
Feridas coloridas
Estampadas nos veículos
Muitas são futilidades
Todas adquiridas
Marca-se o concreto
Muda a natureza, tira do lugar
Marca-se a vida
Com as mãos sujas
Ou limpas não importa
Até quando não quer, modifica
Na construção da história
No fazer cotidiano
No viver simplesmente
Grava na memória
Nos livros, ruas e avenidas
Pelo discurso
Pelos gestos
Até mesmo pelas brigas
O que vive e o que não vive
Teus dias, tua casa
Tudo tem pelas tuas mãos
Tua peculiaridade em marca
Até o tempo
II
O tempo. Esse jovem ancião
Que chega na despedida
Remexido por teus atos
Tua cheirada, tua lambida
É aspirado,
Encharca as vestes
Com o fel de tua saliva
Simbologia,
Representação.
Lembrança.
A mãe querida.
A mulher amada
A pele inflamada
Ou a pele traída
Superficial
Na concretude dolorida
Profunda, inapagável
Na intensa
Mente confundida
É luta por liberdade
Ou aparente danação bíblica
Suportável dor
Em sua cabeça é carícia
Rasga a pele deixa o traço
Com cortes delícia
III
Se teu viver é marcado
Por tua gaiatice
A sabedoria é formada
Pelo tempo em velhice
Sem se privar de ser quem é
Muito menos do que quer ser
Delator da mesmice
Toda em preto,
Muitas cores,
Eu te amo
Ou Matisse
Tens a marca do teu tempo:
Que lutou por liberdade
Que não arrumou emprego
Que sofreu tortos olhares
Que não agradou a sogra
Que perdeu amizades
Mas viveu tua meninice.
(Pedraum)
(Pedraum)
sexta-feira, 18 de março de 2011
Vende-se liberdade
(Pedraum)
(postado anteriormente no mundoilustrado.zip.net)
Em recentes leituras e apreciação da arte visual me deparei com dois trabalhos artísticos que estão me fazendo entender o caráter que tem sido dado a arte em nossa sociedade.
O documentário Guidable - A verdadeira história dos Ratos de Porão mostra a história de três décadas de som de umas das bandas mais influentes da cena underground do Brasil.
Retrata a trajetória da banda Ratos de Porão desde o início, influenciada pelo movimento punk de São Paulo na década de 80, que tinha ainda influências de Hard Core passando para a fase crossover indo para Trash Metal (considerado uma traição pelo movimento anarco-punk por isso). Ratos de Porão iniciada por Jão, Betinho e Jabá passou por diferentes formações, com a entrada de João O Gordo após a participação da banda na gravação no LP Sub produzido pelos Estúdios Vermelhos do baterista do Cólera, Redson, e tinha a participação de outras bandas de punk como o próprio Cólera e o Psycoze.
O Ratos de Porão e as demais bandas de Punk Rock do período traziam o espírito libertário da arte que é sua característica indissociável. O caráter independente e por que não revolucionário, deste período do movimento fundamentado principalmente no pensamento anarquista são exemplos da verdadeira forma de expressão que a arte deve ter: liberdade e individualidade.
Contudo o (digamos) desfecho da banda no documentário me remete a um recente estudo que tenho feito. Que é a leitura do MANIFESTO POR UMA ARTE REVOLUCIONÁRIA E INDEPENDENTE da (FIARI) escrito em 1938 por Leon Trotski e André Breton na Cidade do México, no qual questiona a postura dos artistas do período e o caráter meramente utilitário atribuído a arte, fazendo com que desse modo ela perca suas características principais de independência para a transformação da sociedade. Nesse sentido o manifesto escrito em 38, mesmo escrito em um período de tempo completamente distinto, fala exatamente de que maneira e porque uma banda como o Ratos de Porão capitulou ao sistema de tal forma que caracteriza a venalidade dada a seu trabalho artístico, participando de programas de TV como os do Gugu Liberato (SBT) e Angélica (Rede Globo). Essa postura é compreendida por uma das falas de João Gordo em entrevista no documentário na qual ele diz que um dos motivos dos Ratos terem optado pelo Trash Metal foi as menininhas bonitinhas que colavam nos shows.
É exatamente disso que está tratando o Manifesto da FIARI. Artistas da URSS produzindo seus trabalhos, pontoGOV, (para o governo, em troca de benesses e subvenções) submetendo dessa forma seu trabalho artístico a interesses outros, contrariando um aforismo sem o qual arte não pode existir: toda licença em arte.
Tais posturas dão o panorama de como arte está sendo considerada em nossa sociedade: um mero meio para autopromoção, ganhar dinheiro (ficar rico) e pegar mulheres.
O pior é que é com nossa contribuição, pois nos calamos diante disso...
Por uma Arte Revolucionária e Independente!!!
“O escritor deve ganhar dinheiro pra escrever, e não escrever para ganhar dinheiro.” (Karl Marx)
(Pedraum)
(postado anteriormente no mundoilustrado.zip.net)
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